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Diana Sofia Teixeira Francisco


Nome completo: Diana Sofia Teixeira Francisco

Idade: 22

Número de 'amigos' no Facebook: 290

Formação académica (curso, ano, universidade): 5º ano de Arquitectura, Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa

Porque escolheste este curso? Vocação ou mercado?

Mercado não terá sido, com toda a certeza… Apesar de ser, desde sempre, uma apaixonada pelo design de interiores, por cores, texturas, materiais e pormenores, escolhi um curso que também me interessava e que me abria mais portas. Hoje sou uma pessoa que se vê como arquitecta, mas que, mais do que uma criadora de grandes gestos, é alguém atento ao pormenor, às pequenas coisas, que no entanto, também contribuem para uma grande arquitectura.

Quais os teus principais interesses?

Como estudante de arquitectura e alguém, de natureza, bastante curiosa, tendo a interessar-me por tudo aquilo que me possa inspirar e motivar. Gosto de ir ouvindo todo o tipo de música, conforme o meu estado de espírito: tão facilmente ouço um fado, como um CD de música clássica ou até mesmo música mais pesada, numa noite mal dormida a fazer uma maquete.

Gosto muito de ler, gosto de viajar, gosto de ler durante viagens, gosto de viajar enquanto leio. E adoro fotografar as minhas viagens, embora nem sempre através da fotografia, por vezes fotografo essas imagens que me marcam na memória…outras vezes recorro à linguagem de todos os arquitectos: o desenho. Quando trabalho, leio sobre arquitectura. E leio tudo aquilo que agarro, livros, revistas, artigos, desabafos, críticas, memórias descritivas…leio em livros e leio em sites, passeio-me pela internet em busca de novos projectos, novas ideias.

Quando estou de férias guardo os livros de arquitectura e vou tirar da gaveta os romances, de preferência históricos.

Preocupa-te mais a ideia de conseguir um emprego estável ou uma boa experiência profissional, mesmo que temporária?

Penso que existe tempo para tudo. A não poder ter as duas coisas ao mesmo tempo, sinto que esta será a altura ideal para ter uma boa experiência profissional, mesmo que temporária e, acima de tudo, ainda que não remunerada.

Chegará a altura em que tentarei equilibrar e estabilizar a minha vida, não só a nível profissional, mas também a nível pessoal e, aí sim, irei lutar por um emprego estável, a longo prazo.

Gostavas de ter um ‘emprego para a vida’?

Gostava. Se for um emprego saudável e minimamente bem remunerado.

Interessa-te também o passado ou pensas mais no futuro?

Partindo do pressuposto que o passado nos define e define aquilo que acontece no futuro, diria que me interessa bastante mais o passado do que o futuro. No entanto, sei que para a frente é que é o caminho. Não fico agarrada aos obstáculos do passado, mas antes utilizo o passado como guia, inspiração e motivação para o futuro.

O que representa para ti o património cultural? Qual a primeira ideia que te vem à cabeça?

O património cultural, a meu ver, é todo o acervo cultural de um determinado país ou região, que inclui a sua história, a língua e todas as formas de arte, desde a pintura à música, passando pelo teatro, cinema, arquitectura, ou outros campos mais variados, como a gastronomia e literatura. No fundo, o património cultural representa todas as manifestações criativas do ser humano, que acabam por constituir a identidade de um povo e que são transmitidas de geração em geração.

Qual foi a tua última experiência cultural? Foi patrimonial (museu, monumento, exposição…) ou simplesmente lúdica… (Sudoeste, Optimus alive, Rock in Rio…)?

Apesar de tentar sempre ter experiências culturais de todo o tipo, a minha última experiência cultural foi em Barcelona, onde visitei diferentes obras de arquitectura, como a Sagrada Família, a casa Batlló, a casa Mila, entre outras. Pode-se dizer, portanto, que foi uma experiência cultural focada no património.

O que é para ti visitar um monumento, um museu, uma cidade histórica?

Um momento de aprendizagem e de inspiração, um convite ao desenho e à fotografia, uma descoberta.

Qual é o teu tipo de consumo cultural?

Como mencionei anteriormente, penso que todas as experiências culturais são enriquecedoras, à sua maneira, pelo que tento fazer um consumo cultural bastante variado.

Uma vez que tirei o curso de arquitectura, acabo por dar uma maior importância a este tema, é o que acaba por ocupar mais o meu tempo. Mas sou uma viciada em boa música, adoro cinema e teatro e perco-me, diversas vezes, em galerias e museus, principalmente aqueles cuja entrada é livre (que, talvez por isso, nem sempre são os mais tradicionais..ou os mais turísticos..).

Artesanato, artes tradicionais, saberes, costumes…diz-te alguma coisa?

A arte popular, os costumes e saberes de um povo constituem, para mim, a sua identidade. É aquilo que nos representa de uma forma mais profunda, que não tenta ser comercial, que não tenta imitar o que se passa lá fora, que é só nosso.

O Património é uma área que te interesse para uma futura carreira profissional? Já pensaste nisso, em que campo?

A reabilitação de edifícios é, para mim, uma das áreas mais bonitas e desafiantes da arquitectura. Desde a recuperação e regeneração de edifícios de interesse público, em que é feito um trabalho de pormenor, que pretende essencialmente manter o aspecto original do edifício, à reabilitação de edifícios de habitação, ou industriais, em que o arquitecto tem uma maior liberdade, e pode deixar a sua marca, sem contaminar a essência do edifício.

Faz sentido para ti, uma segunda licenciatura, especialização ou formação específica nesta área (restauro, gestão cultural, etc.)?

Nesta altura tão difícil, em que arranjar um emprego é tão complicado, principalmente para um jovem recém-formado, penso que apostar no alargamento da nossa formação é uma hipótese a considerar. Portanto penso que sim, para mim faz sentido uma especialização nesta área, embora não necessariamente uma segunda licenciatura.

Sabes o que faz um conservador-restaurador, um arqueólogo, um historiador da arte? Já visitaste uma escavação, uma obra de restauro ou acompanhaste um projecto cultural? Tens curiosidade?

Apesar de nunca ter tido nenhum tipo de formação directa em nenhuma das áreas, estudei história da arte e já visitei algumas escavações e obras de restauro. Apesar de ter curiosidade em conhecer a história de um edifício ou de uma obra de arte, penso que não tenho perfil de historiadora ou arqueóloga, uma vez que o meu interesse se prende mais no fazer, no executar.

Tens 1 hora livre, 10 euros e estás num bonita cidade mediterrânica: um passeio, um gelado ou um monumento?

Um passeio até ao monumento, uma visita ao monumento e um gelado à saída!

As sugestões de Diana Francisco:

Livros: "Arte de Projectar em Arquitectura", Neufert - a bíblia dos arquitectos; "A Imagem da Cidade", Kevin Lynch - um livro que me acompanhou ao longo da minha jornada académica; "Os Pilares da Terra", Ken Follett - um romance histórico, para quando apetece ler sobre arquitectura, sem pensar em arquitectura. Discos: Alma Mater, Rodrigo Leão - para um serão bem passado; The King of Limbs, Radiohead - o último disco dos Radiohead, para quem gosta de boa música. Sites e Blogs: www.archdaily.com - uma fonte de inspiração, um site que visito frequentemente; abarrigadeumarquitecto.blogspot.pt - um blog divertido que descobri no ínicio do meu curso. Outros: Ciclo de Encontros da Ordem dos Arquitectos - Património & Reabilitação Urbana: Os Centros Históricos - 18, 19 e 20 de Outubro de 2012

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