O curso “A Fortificação Moderna – A Construção da praça-forte na Europa e em Portugal – Conhecer, Conservar, Comunicar", integra o programa de formação do Centro de Artes e Ofícios do Património e o período para inscrição já está a decorrer!
A formação será lecionada por Margarida Valla, licenciada em Arquitectura, mestre pela Architectural Association School of Architecture, Londres, doutorada em História de Arte, na FLUL. Tem publicado vários textos onde aborda a relação entre o traçado urbano e as fortificações modernas em Portugal e o papel dos engenheiros militares neste processo. Está a realizar o Pós-Doutoramento, financiado pela FCT, sobre as Praças-Fortes do Alentejo.
O curso decorrerá nos dias 7 e 8 de Março e a participação está sujeita a inscrição.
Conheça o programa abaixo:
Dia 7 de Março
I Sessão (10h-12h)
O conceito de Praça-forte e a Tratadística Europeia
A reformulação das fortificações de inúmeras cidades na Europa testemunhou a prática, que se afirmou através da teoria expressa numa panóplia de tratados de fortificação moderna, que abordavam a complexidade da sua concepção, através da delineação da nova cintura de muralhas das suas obras exteriores. A publicação destes tratados funcionava também como uma disputa entre nações, o que demonstra a intelectualidade desta ciência.
II Sessão (14-16h)
A Restauração e a defesa do território. As aulas, os tratados e os engenheiros militares
O reconhecimento de D. João IV implicava a aplicação da fortificação moderna na reformulação do sistema defensivo do reino. Foram criadas estruturas centrais para controlar essas obras e os projectos realizados pelos engenheiros militares. Paralelamente foi aberta uma aula de arquitectura militar e publicados dois tratados portugueses como afirmação do nosso domínio nesta temática.
Visita de estudo.
Dia 8 de Março
III Sessão (10h-12h)
As praças-fortes na defesa da fronteira e o modelo urbano
A delimitação da fronteira funcionava através da nomeação dos núcleos urbanos como praças-fortes onde se destacavam aquelas que foram eleitas como quartel-general das diferentes regiões, cujas estruturas militares foram crescendo nos séculos seguintes. O modelo urbano aplicava-se através de um método que é a adaptação às pré-existências edificadas ao sítio.
IV Sessão (14h-16h)
A paisagem militar do sistema defensivo do Alentejo
O Alentejo correspondeu à defesa principal de Lisboa, a capital, por isso o investimento foi maior nesta província. O sistema defensivo no território era estruturado através de praças-fortes, onde se aplicou a teoria logo no início da restauração através da contratação de engenheiros estrangeiros.
Visita de estudo.
Fonte: Centro de Arte e Ofícios do Património