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Joana Henriques


Nome completo: Joana Rita Sebastião Simões Henriques

Local e ano de nascimento: Lisboa, 1980 Formação académica: Licenciatura em Comunicação Social e Cultural pela Universidade Católica Portuguesa, especialização em Comunicação Cultural pela LUMSA - Libera Università Maria Ss. Assunta, Roma, Itália, e Mestrado em Gestão Cultural pelo ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa.

Cargo actual ou último cargo desempenhado: Coordenadora Serviço Educativo MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia

Como foi o seu percurso profissional? Por onde começou e por onde passou?

Colaborei com o departamento de curadoria e gestão da colecção e com o departamento de educação artística do CAM (actual Museu Gulbenkian), Fundação Calouste Gulbenkian, com a direção da Galeria Paulo Amaro Contemporary Art (uma das primeiras galerias a antecipar o actual hub cultural do Beato), e desde 2010 colaboro com a Fundação EDP nas áreas de investigação, curadoria e programação educativa em museus.

Onde está hoje e o que faz?

Programação educativa e programas públicos do MAAT - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia.

Até ao presente e do ponto de vista profissional, qual elegeria como o projecto mais relevante que levou a cabo, para o sector do património?

Exposição Fora de Escala de Manuel Baptista e exposição POVO – People, ambos na Fundação EDP.

E qual ‘aquele projecto’ que ficou por fazer ou completar?

Muitos… mas um programa que gostaria muito de tirar da gaveta chama-se “MAAT vai ao Hospital”, um programa que tem como principal objetivo levar o museu e a Coleção de Arte da Fundação EDP a quem não o pode visitar, como o público hospitalar, idosos e reclusos.

Qual a experiência humana que mais o marcou ao longo da sua vida profissional (colega, chefe, grupo de trabalho)?

Dois ex-chefes que, por diversas razões, marcaram o meu percurso: Ana Vasconcelos e João Pinharanda.

Grupo de trabalho da exposição POVO - People, foi realmente o “povo unido”, acabámos de montar a exposição 5 minutos antes da inauguração…

Em retrospectiva, e numa escala de 0 a 10, como classificaria o seu percurso profissional?

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Se voltasse atrás, fazia algo diferente?

Sim, tudo! Mas isso seria fazer batota…

O mais importante que aprendi ao longo dos anos é que nunca nos podemos esquecer que acima de tudo somos todos pessoas, “angry emails” nunca levam a lado nenhum, saber manter a calma e usar a inteligência emocional são armas muito mais poderosas.

Que conselho daria a quem está hoje a iniciar a sua carreira profissional nesta área?

Não fechar portas, alguns caminhos não óbvios e algumas pessoas que não esperamos, podem revelar-se boas surpresas.

O que deseja para o sector do património em Portugal, no presente e no futuro mais próximo?

Que se continue a apostar na proteção e preservação, mas também numa forte programação de públicos, inclusive o público nacional.

Aposta em programas paralelos interdisciplinares com artistas contemporâneos, no sentido de trazer novas leituras ao património já existente.

As sugestões de Joana Henriques:

Citação: "Our task is not to find the maximum amount of content in a work of art, much less to squeeze more content out of the work than is already there. Our task is to cut back on content so that we can see the thing at all.

The aim of all commentary on art now should be to make works of art – and, by analogy, our own experience – more, rather than less, real to us." Susan Sontag, “Against Interpretation”

Livro: Tantos! Neste contexto penso que faz sentido sugerir a A lebre de olhos de âmbar de Edmund de Waal

Música: Vou destacar um interprete e compositor italiano, porque em Itália respira-se património e porque é um artista que reinterpreta a música tradicional italiana… Vinicio Capossela

Projecto: Projecto PARTIS – Práticas Artísticas para a Inclusão Social da Fundação Calouste Gulbenkian

*O texto desta entrevista foi escrito de acordo com o Novo Acordo Ortográfico.


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