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O museu como uma teia de relações, o espaço educativo como interface de ligações


Numa época em que o museu, se questiona e se reposiciona face ao seu contexto e papel a desempenhar no mundo atual, este assume-se cada vez mais como um espaço intercultural, multicultural, multigeracional, inclusivo e participativo. Um espaço de comunicação onde todos têm voz e todos são bem-vindos.

Neste processo de mudança o espaço educativo afirma-se como um dos interfaces privilegiados entre os diferentes, e cada vez mais diversificados, públicos, criando conexões e ligações entre cada individuo e as obras de arte, promovendo o desenvolvimento do pensamento crítico, da criatividade e da responsabilidade social, num ambiente privilegiado em que património, história, arte, cultura, filosofia, estética e ética se interrelacionam. É neste espaço que por excelência se promovem explorações e interpretações da obra de arte, criando através desta uma trama de comunicação que incorpora as ideias e pensamentos de quem as fez, de quem as expõe, de quem as media e de quem as visita – um espaço de interpretação e construção de sentidos rico, dinâmico e sempre em mudança.

O museu é também um importante espaço de educação não formal, que se coloca como parceiro da escola, proporcionando diferentes formas de olhar e de trabalhar a área conhecimento e da aprendizagem a partir dos seus acervos, que procura cada vez mais o fazer com os públicos e não apenas para os públicos, que aposta na construção de projetos com a comunidade e promove a integração e a inclusão ao apostar em metodologias de trabalho mais participativas e colaborativas. Um espaço ativo em constante adaptação e transformação, em que cada vez mais os inputs-opiniões, sugestões, indicações, dos participantes, determinam os outputs -as ofertas educativas e de programação.

Interlocutores privilegiados, numa contemporaneidade veloz e globalizante, os museus não se podem demitir do seu papel como espaços de hiperligação com o mundo, com o perto e com o longe, o micro e o macro potenciando novos e contextualizados olhares sobre quem somos e quem queremos ser, sobre o mundo que temos e o que queremos ter, onde, em conjunto, desenhamos o futuro diariamente.

* O texto foi escrito de acordo com o Novo Acordo Ortográfico.

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