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Raquel Maria Benrós Silva Cavaco Guerreiro


Nome completo: Raquel Maria Benrós Silva Cavaco Guerreiro

Idade: 23

Número de 'amigos' no Facebook: 420

Quais os teus principais interesses? Arte, no seu sentido mais amplo, mas sou apaixonada por história da arte, artes decorativas, arte Namban, Arte Nova e Impressionismo. Viajar, mas viajar muito, sem deixar a minha máquina fotográfica em casa.

Formação académica (curso, ano, universidade): Licenciatura em História da Arte em 2014, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A terminar o Mestrado em Mercados de Arte no ISCTE.

Porque escolheste este curso? Vocação ou mercado?

Escolhi a Licenciatura em História da Arte por vocação. A paixão pela arte não é recente, acompanha-me desde que me lembro, tendo sido potenciada pela licenciatura e outras experiências vividas. Em relação ao Mestrado em Mercados de Arte, foi uma mistura de ambos, a vocação e o mercado, senti a necessidade de adquirir ferramentas mais práticas que me lancem para uma vertente do Mundo Artístico-Cultural mais operacional e comercial.

Preocupa-te mais a ideia de conseguir um emprego estável ou uma boa experiência profissional, mesmo que temporária?

Uma boa experiência profissional! Ainda estou no início, há um grande caminho a percorrer, muitos desafios pela frente e conhecimento para adquirir, a experiência profissional tem de ser a prioridade nesta fase. O estágio realizado no Palácio Nacional da Ajuda foi um ótimo começo, assim como a possibilidade recente de realizar visitas guiadas ao Palácio da Bacalhôa em Azeitão.

Gostavas de ter um ‘emprego para a vida’?

Quando me envolvo com algum projeto ou causa deixo-me absorver por completo e por isso, gostaria sim, de me dedicar a um emprego, a uma instituição ou organização para a vida, no entanto, tal é quase que absurdo para os nossos dias e seria muito cedo para a mim.

Interessa-te também o passado ou pensas mais no futuro?

Sou uma estudante do passado e do presente. O passado sempre me despertou interesse e curiosidade mas sem descartar a importância do hoje e do amanhã. Porque não regar o hoje de conhecimento do passado, para um futuro consciente?

O que representa para ti o património cultural? Qual a primeira ideia que te vem à cabeça?

Para mim, património cultural representa uma união intemporal. Algo material que nos une consciente ou inconscientemente de forma irrefutável, a pegada do que fomos e somos, daquilo que fizemos e fazemos, daquilo que acreditamos e conseguimos (melhor ou pior) expressar através da arte, seja esta material ou imaterial.

Qual foi a tua última experiência cultural? Foi patrimonial (museu, monumento, exposição…) ou simplesmente lúdica… (Sudoeste, Optimus alive, Rock in Rio…)?

As minhas últimas experiências culturais foram patrimoniais e lúdicas, foram de facto uma injeção de cultura na cidade das luzes, em Paris. Por nove dias fui rodeada de Museus magníficos como o D’Orsay onde tive a oportunidade de ver a exposição temporária "Splendeurs et Misères. Images de la prostiturion", inédita e provocadora; o "Orangerie", que é sempre passagem obrigatória para admirar as "Nympheas de Monet"; destaco também a exposição "Amoureux", pinturas de Jean Honoré Fragonard no Museu Luxembourg e um concerto de piano no Teatro dos Champs-Élysées.

O que é para ti visitar um monumento, um museu, uma cidade histórica?

Para mim é aprender sempre mais da forma mais natural e sensorial possível. Sempre que se visita um museu, num monumento ou numa cidade histórica mesmo que não seja pela primeira vez, acabamos sempre por absorver mais conhecimento, seja este cognitivo ou sensorial.

Qual é o teu tipo de consumo cultural?

Tento que o meu consumo cultural seja o mais versátil possível, mas devo confessar que passa sobretudo por exposições museológicas. Gosto muito de ir ao cinema, ao teatro e a concertos de música seja esta contemporânea ou clássica. O bailado é uma área que me cativa, sempre que possível.

Artesanato, artes tradicionais, saberes, costumes…diz-te alguma coisa?

Confesso que artesanato e artes tradicionais é algo a explorar com mais afinco. Relativamente a saberes e costumes, sobretudo os do “antigamente”, é algo que me suscita grande interesse.

O Património é uma área que te interesse para uma futura carreira profissional? Já pensaste nisso, em que campo?

Não me imagino a trabalhar com algo que não esteja ligado ao património cultural.

Faz sentido para ti, uma segunda licenciatura, especialização ou formação específica nesta área (restauro, gestão cultural, etc.)?

Espero não parar de estudar, acredito que nos devemos cultivar o máximo que conseguirmos, ainda mais se a nossa área de estudo fizer parte de nós. A área da gestão cultural faz muito sentido para mim, estando já integrada no Mestrado que estou a terminar mas tenho consciência que não devo parar por aqui, há muito a aprender e a fazer.

Sabes o que faz um conservador-restaurador, um arqueólogo, um historiador da arte? Já visitaste uma escavação, uma obra de restauro ou acompanhaste um projecto cultural? Tens curiosidade?

Todas essas profissões têm como missão e dever a de proteger, a de promover, de estudar e divulgar o legado que nos chegou, sem preconceitos e com a maior seriedade possível. Felizmente já tive a oportunidade de estar envolvida e de participar em ações culturais. Destaco a experiência profissional através do estágio no Palácio Nacional da Ajuda, do trabalho de divulgação exercido através do Palácio da Bacalhôa, onde faço visitas guiadas. Outras atividades extra, como a curadoria de uma exposição itinerante de uma artista contemporânea, Dielydi Florez. Tenho curiosidade, interesse e vontade de continuar a estar ligada a projetos culturais.

Tens 1 hora livre, 10 euros e estás num bonita cidade mediterrânica: um passeio, um gelado ou um monumento?

Tudo passível de se conjugar. Um passeio acompanhado de um gelado é bastante apelativo e numa hora há espaço para visitar um monumento, o Mediterrâneo está cheio de maravilhas.

As sugestões de Raquel Guerreiro:

- Um livro:

"Do Espiritual na Arte", Wassily Kandinsky

- Um disco:

"In a time lapse", Ludovico Einaudi

- Um museu:

Musée D’Orsay em Paris

- Um exposição: Coleção permanente da Fundação Calouste Gulbenkian

Artigo escrito de acordo com o Novo Acordo Ortográfico.

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