É sabido que não há limite de idade para aprender. É por isso que encontramos nos bancos das nossas escolas alunos “mais crescidos”: de 40, 50, 60 e até mais anos! Porque, no fundo, a sede de aprender não tem idade. É também por isso que, mesmo sem saber ler ou escrever, uma criança é capaz de aprender a falar uma língua estrangeira. E é por acreditarmos nesta certeza que sabemos que também o património pode ser apreendido pelos mais novos, mesmo que não dominem a diversidade das temáticas que com ele se cruzam.
Foi o que aconteceu a um grupo de 28 alunos do 5º ano, com idades compreendidas entre os 10 e os 11 anos, a quem coube o desafio de estudar a herança patrimonial romana no nosso país e, particularmente, na região da grande Lisboa. A iniciativa coube à professora Sónia Araújo e teve lugar na Escola E.B.2.3 de Colares, pertencente ao Agrupamento de Escolas Monte da Lua. No âmbito da disciplina de História e Geografia de Portugal e da exploração do tema alusivo à presença romana em Portugal, foi proposto à turma o levantamento e o estudo de vestígios romanos no nosso país, com especial destaque para a região de Lisboa. A professora orientou a pesquisa on line, promoveu visitas in loco e desafiou-os a convidarem os encarregados de educação em visitas a alguns locais ao fim-de-semana. O suporte para a apresentação ficou ao critério dos alunos. Entusiasmados com a actividade proposta, a turma lançou mãos à obra e envolveu os pais na descoberta do património regional e nacional. A pouco e pouco o desafio começava a ganhar forma e os alunos abordavam a professora, solicitando correcções, opiniões ou simples conselhos para as aplicações em powerpoint e para as maravilhosas maquetas que progressivamente iam surgindo. Sem saberem, cada gesto, cada “porquê”, cada fotografia foi mais um passo na renovação da nossa memória e uma pedra nesse enorme edifício chamado Conhecimento.
O entusiasmo e a dedicação que caracterizou a actividade podem ser observados nas imagens abaixo e nas palavras daqueles que se deixaram envolver pelo Património!
“Ponte Romana sobre o rio Tâmega, em Chaves.”
“Vista parcial da Villa Romana de Santo André, situada na localidade de Almoçageme. É a Villa mais ocidental do império Romano. Tem cerca de 400m de comprimento e 80m de largura.”
“Foi num dia lindo depois de muita chuva… A Ponte Romana de Catribana, sobre a Ribeira da Samarra, situa-se na freguesia de São João das Lampas. Esta estrutura fazia parte de um acesso a uma via principal ou seria uma via secundária que ligava duas importantes villas Romanas.”
“O Museu Arqueológico de Odrinhas é um local importante da presença dos romanos em Sintra. Encontraram-se aí vários vestígios romanos. Esta villa foi fundada durante a segunda metade do séc. I a.C. “