O Natural History Museum, dirigido por Michel Dixon desde 2004, tem como missão manter e desenvolver as suas colecções e usá-las para promover a descoberta, o entendimento, o uso responsável e o aproveitamento do mundo natural.
Sendo um dos mais importantes centros de investigação sobre ciências naturais do mundo, aposta no seu crescimento sustentado através do incentivo à angariação de fundos. Teve, em 2011/12, quase cinco milhões de visitantes e é um dos equipamentos mais visitados naquele país, com uma programação intensa de exposições temporárias e eventos que apelam a diversos tipos de público. A entrada é gratuita, sendo que apenas são pagas entradas para as exposições temporárias. Tem registado um aumento do número de visitantes desde o ano de 2001 - altura em que alguns museus no Reino Unido deixaram de cobrar entradas - , ano em que contabilizava perto de dois milhões de visitantes.
Disponibiliza no seu website (http://www.nhm.ac.uk/) informações relativas às suas formas de financiamento, relatórios de actividades, gastos e ganhos pormenorizados com cada área de actividade, tarefas e responsabilidades de cada departamento entre outras informações, numa política de total abertura e responsabilidade para com o trabalho realizado naquela instituição. Elaboraram, em 2011, um documento que resume a década e apresenta os resultados de um crescimento bastante significativo (http://www.nhm.ac.uk/resources-rx/files/ar-2001-2011_complete_review_doc-106117.pdf).
O EMAC (European Museum Advisors Conference) é um encontro internacional bianual organizado por e para profissionais de museus. A sua nona edição teve lugar em Lisboa e foi subordinada ao tema da crise económica e à forma como o sector cultural pode ultrapassar estes constrangimentos financeiros.
Michel Dixon é o director do Natural History Museum do Reino Unido e fala-nos aqui sobre as suas principais preocupações para a afirmação do papel dos museus nos próximos 15 a 20 anos. Refere a importância de mostrar às pessoas o trabalho de investigação que é feito num museu, revelando, desta forma, como os museus podem influenciar a vida das pessoas. Realça a importância das histórias que se contam nos museus se adaptarem às vivências da vida contemporânea para que mais facilmente sejam criados elos de ligação e proximidade com os conteúdos e peças exibidas no museu. Segundo Dixon, apesar das novas tecnologias e as redes sociais funcionarem activamente como facilitadores práticos que possibilitam feedback instantâneo, a experiência museal nunca perderá o seu lugar, já que a vivência dos objectos nunca conseguirá ser substituída. Refere ainda a importância do trabalho de angariação de fundos e do estabelecimento de redes nacionais e internacionais que fortaleçam a influência que os museus podem exercer na vida governamental e política das comunidades.