Nome completo: Fábio Magalhães Ferreira
Idade: 23 anos
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Quais os teus principais interesses? Turismo; Património, com especial relevância para o industrial; Centros urbanos; Costumes; Tradições; Fotografia; Stencil; Tecnologia.
Formação académica (curso, ano, universidade): Licenciado em Estudos Europeus pela Faculdade de letras da Universidade de Coimbra (2010-2013) e neste momento a frequentar o 2º Ciclo em Gestão e Programação do Património Cultural pela mesma faculdade.
Porque escolheste este curso? Vocação ou mercado?
Escolhi a licenciatura em Estudos Europeus por ser um curso bastante diversificado em termos de conteúdos, e tal veio a constatar-se. Proporcionou-me um conhecimento integrado sobre a Europa - de um lado a tónica cultural, também com uma perspectiva técnica de conhecimentos da base jurídica e institucional da União Europeia, das grandes linhas das políticas públicas nacionais e europeias. Existiu também a possibilidade de complementar o meu percurso com a aprendizagem de línguas estrangeiras. A multidisciplinariedade é uma mais valia no contexto em que vivemos, é uma exigência para o actual mercado de trabalho.
Preocupa-te mais a ideia de conseguir um emprego estável ou uma boa experiência profissional, mesmo que temporária?
Acho que uma boa experiência profissional é algo com que qualquer um de nós sonha, mesmo que temporária. São as boas experiências que nos marcam, que nos fazem ser melhores profissionais e, na minha óptica, consequentemente melhores pessoas. É verdade também que boas experiências profissionais poderão acarretar alguma agitabilidade e instabilidade, e a partir da casa dos 50/60 anos agradar-me-ia a ideia de ter algo estável.
Gostavas de ter um ‘emprego para a vida’?
Sim, não vou dizer que não. Gostaria de ter um emprego para a vida, no sentido em que este seria uma garantia de estabilidade, de poder fazer planos, de poder pensar em constituir família, só que neste momento ainda não. Actualmente, a ideia de ter um emprego para a vida é uma ideia quase utópica, no clima de incerteza, no clima de mutabilidade do mercado é difícil esse termo. Nem mesmo quem gostaria de ter um emprego para a vida o tem. Dou-vos o exemplo de um tio meu, toda a vida foi encarregado de obra, toda a vida fez praticamente a mesma coisa, ninguém diria que após tantos anos teria de sair do país, com uma idade já significativa, com três filhos menores para sustentar. Não quero que assim o seja para mim, não quero, e como tal luto todos os dias para que tal não suceda.
Interessa-te também o passado ou pensas mais no futuro?
Para mim, está totalmente ultrapassada a ideia de descorar a importância do passado para qualquer que seja o âmbito. Tenho um enorme interesse pelo passado e na minha área de formação essa realidade é mais do que evidente. Citando Soren Kierkegaard - “A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para a frente.” Acredito no enorme potencial do passado, do conhecer o passado para que possamos agir coerentemente no futuro.
O que representa para ti o património cultural? Qual a primeira ideia que te vem à cabeça?
O termo património cultural é um termo muito complexo. É um termo que se foi construindo ao longo dos tempos. Se inicialmente dizia respeito a castelos, a igrejas, a palácios ou a grandes edificações, hoje em dia é muito mais do que isso. Património cultural é aquilo que o homem quer que o seja. É desta forma que eu o vejo.
Qual foi a tua última experiência cultural? Foi patrimonial (museu, monumento, exposição…) ou simplesmente lúdica… (Sudoeste, Optimus alive, Rock in Rio…)?
Apresentação do novo álbum dos Pensão Flor, SUL, no Teatro Académico de Gil Vicente em Coimbra.
O que é para ti visitar um monumento, um museu, uma cidade histórica?
Talvez a mesma sensação de ter uma grande tarte de morango à minha frente - um enorme prazer.
Qual é o teu tipo de consumo cultural?
Talvez um “tipo variado”! Música, cinema, teatro, livros, revistas, postcrossing...
Artesanato, artes tradicionais, saberes, costumes…diz-te alguma coisa?
Sim, uma enorme genuinidade.
O Património é uma área que te interesse para uma futura carreira profissional? Já pensaste nisso, em que campo?
Sim, espero bem que sim! Tenho especial interesse pelo património industrial e nas suas enormes potencialidades.
Faz sentido para ti, uma segunda licenciatura, especialização ou formação específica nesta área (restauro, gestão cultural, etc.)?
Sou apologista da constante renovação/diversificação dos conhecimentos; deste modo, após terminar o meu mestrado em Gestão e Programação do Património Cultural, apostaria na minha formação em Comunicação, Marketing.
Sabes o que faz um conservador-restaurador, um arqueólogo, um historiador da arte? Já visitaste uma escavação, uma obra de restauro ou acompanhaste um projecto cultural? Tens curiosidade?
De modo geral, tenho a noção das funções que cada profissional mencionado desempenha, pelo facto de nutrir um grande interesse por estas áreas.
Tens 1 hora livre, 10 euros e estás num bonita cidade mediterrânica: um passeio, um gelado ou um monumento?
Um passeio, um gelado, um monumento, naquela que por si só é cidade-monumento, e, quem sabe, alguns trocos.
As sugestões de Fábio Ferreira:
Música:
Sean Riley and the Slowriders
Kings of Convenience