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Fotografia de Artur Pastor em exposição


Uma grande exposição de fotografia daquele que foi um dos mais produtivos fotógrafos nacionais de meados do século XX, Artur Pastor, decorre até 31 de Agosto com três mostras: no Arquivo Municipal de Lisboa / Fotográfico (Rua da Palma, 246), no Museu da Cidade / Pavilhão Preto (Campo Grande, 245) e na Colorfoto / Mega Store Alvalade (Avenida da Igreja, 39 D/E).

A mais completa das mostras, no Museu da Cidade, intitulada "Portugal de Artur Pastor", revela o extenso trabalho do fotógrafo que percorreu todo o país, captando em imagens não só a paisagem mas também o labor das gentes, em meios rurais e urbanos. O filme "A paisagem de Artur Pastor" é aqui projectado diariamente, em duas sessões (às 11h00 e às 16h00). No espaço Colorfoto do Mega Store Alvalade está patente a mostra "Falésias de Artur Pastor", expondo fotografias do litoral - paisagem e faina piscatória. Enquanto isso, nos dois pisos do Arquivo Municipal Fotográfico, mostra-se uma síntese do trabalho de Artur Pastor, pondo a descoberto a sua actividade enquanto fotógrafo funcionário do Ministério da Agricultura e cidadão.

O espólio agora exposto foi adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa à família em 2001 e consiste em largas centenas de fotografias realizadas entre 1942 e 1998, em locais tão diversos como Lisboa e Évora (cidades onde viveu o fotógrafo, nascido em 1922 em Alter do Chão), Nazaré, Algarve e aldeias do Portugal rural. Mais preocupado com as permanências do que com as mudanças, o olhar de Artur Pastor (que trabalhou grande parte da vida como regente agrícola e fotógrafo ao serviço do Ministério da Agricultura) reflecte a interacção do homem com a paisagem, nomeadamente, captando momentos das fainas rurais e piscatórias e das gentes que lhe davam corpo, num trabalho de grande mérito antropológico, num contexto de valorização da geo-etnografia portuguesa patente nos trabalhos científicos de Jorge Dias e Orlando Ribeiro, entre outros - e que serviu para projectar a imagem do Portugal turístico dos anos 50 e 60. Deste trabalho são exemplo os dois álbuns que publicou, "Nazaré" (1958) e "Algarve" (1965).

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