Num evento público recente, a propósito da antiguidade dos bombeiros, e depois de falar das “cohortes de vigili” criadas por Augusto em 6 d.C. e reorganizadas no ano 24 d. C., a conversa derivou para a noção de passado. O parceiro de conversa, D. António Couto, Bispo de Lamego, recordou que “o nosso passado começa no nosso umbigo” e que, dito de outra forma, “o umbigo é a materialização do momento em se inicia o futuro de cada um de nós”. Achei o momento sublime!
Na mesma conversa pública, eu tinha usado uma citação de Cícero, em prol do pensamento prospetivo indispensável para o Património, quando salientou a importância do agricultor que “árvores planta, cuja sombra e frutos só gozar pode o século vindouro”1.
Assim, cada um de nós, desde a materialização do nosso umbigo, desde o corte do cordão que ligava o feto à placenta, teoricamente teríamos deveres e responsabilidades éticas, para que as aventuras da modernidade garantissem o estado legítimo das pessoas, dos objetos e da paisagem. Este é também o âmbito alargado do que é entendido como Património, assumido como um estado legítimo dos objetos e dos monumentos conservados, restaurados ou maltratados, com fruição aberta ou limitada, com garantia de destino específico que corresponde aos seus valores estéticos ou que ilustra reconhecimento sentimental e científico.
Já os gregos e romanos salientavam os “deveres”. Marco Túlio Cícero, em 44 a.C. publicou Dos Deveres, obra com o mesmo título que tinha sido usado pelo grego Panécio de Rodes, mais de cem anos antes.
Aí, temos a possibilidade de ler: não nascemos só para nós, e a pátria reclama uma parte da nossa existência, outra os amigos, e, como querem os Estóicos, …tudo quanto a terra produz foi criado para utilidade do homem, e por sua vez os homens nasceram por causa dos homens, de maneira a ajudar-se uns aos outros, … servir o interesse geral, prestando mutuamente serviços, dando e recebendo, e, ora por meio da nossa habilidade, ou da nossa atividade ou do nosso engenho, estreitar os laços sociais.
Foi Panécio (séc. II a.C.) quem propôs três reflexões a todos aqueles que deliberavam: uma, quando duvidavam se o assunto em causa é honesto ou vil; outra, se é útil ou inútil; a terceira, se o que aparentava honestidade contendia com aquilo que parece útil, e de que modo haviam de se distinguir.
Se gregos e romanos falavam de “deveres”, também no século XXI há palavras que se tornam moda. A palavra “ética” parece ser uma delas. Por vezes, acrescenta-se, tornando-se republicana, empresarial, profissional, desportiva, académica ou política, entre muitas outras formas de adjetivação, como se a palavra não tivesse força própria.
Como escreveu Marco Aurélio2, no século II, “se a inteligência nos é comum, a razão, que faz de nós seres racionais, é-nos por igual comum. Sendo isto assim, também nos é comum aquela razão que tem por fim prescrever o que devemos fazer e não fazer. Por aí vemos que estamos todos sob a mesma lei; por isso somos cidadãos”.
O mesmo autor salientou que “cumpre-nos ter sempre à mão duas regras de conduta: primeiro fazer apenas para bem dos homens aquilo que a razão da faculdade real e legislativa insinua; a outra regra é mudar de opinião, se há alguém capaz de te corrigir e te fazer abandonar a tua primitiva maneira de ver. Mas importa que tal abandono tenha sempre por causa uma certa persuasão de ser justo ou de maior utilidade social, e não só porque é mais agradável ou mais glorioso.
De facto, o nosso passado começa no nosso umbigo e agradecemos que outros tivessem plantado árvores, cuja sombra e frutos podemos gozar. Mas, porque o umbigo é a materialização do momento em se inicia o futuro de cada um de nós, no séc. XXI, tal como no séc. II expressou Marco Aurélio, “se a inteligência nos é comum, a razão, que faz de nós seres racionais, … tem por fim prescrever o que devemos fazer e não fazer”, mas é conveniente que possamos garantir mais e melhor sombra, mais e melhores frutos, assumidos como sinónimo de mais e melhor património qualificado.
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O autor utiliza o Acordo Ortográfico.
Lino Tavares Dias
Março 2024
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