Em Lisboa, nos últimos 2 anos o turismo cresceu 11%, mas as visitas aos museus nacionais instalados na capital caíram 12%.
Javier Martín del Barrio, do jornal "El Pais", analisa os dados da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC): "Se procura tranquilidade em Lisboa, esconda-se num museu. Serão poucas as capitais europeias onde não se formam longas filas para visitar o seu principal museu de arte, seja o Louvre em Paris, o Prado em Madrid ou o Rijksmuseum em Amsterdão. Lisboa é uma dessas excepções", diz.
Segundo estes dados da DGPC, no ano passado os museus, monumentos e palácios portugueses que administra perderam mais de meio milhão de visitantes: 600 mil. O número total foi de 4,6 milhões, o mesmo que em 2016. Nestes dois anos, enquanto os bilhetes caíram 12%, a chegada dos turistas aumentou 11%.
Comparativamente a 2017, entre os museus nacionais de Lisboa, o de Arte Contemporânea do Chiado perdeu 37,7% do seu público, o de Etnologia, 36,6%, o de Arte Antiga, 27,6%, o do Teatro, 24,6%, Traje, 15% e Coches, 8,6% menos visitantes.
O Museu Nacional do Azulejo, instalado no Convento da Madre de Deus, é uma das poucas boas notícias do anuário estatístico cultural dos museus nacionais, com um aumento de visitas de 13,4%. Instalado longe das rotas turísticas, consegue captar o interesse dos viandantes.
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Fonte: elpais.com