Depois de uma primeira edição de sucesso, a pioneira formação para executivos em Gestão do Património Cultural volta a reunir especialistas nacionais e estrangeiros, representativos das várias dimensões do Património Cultural (museus, monumentos, projectos de território, entre outros), associando-os a uma reforçada dimensão de economia e gestão, bem como de comunicação e marketing.
Em 2017, os monumentos e museus de Portugal receberam mais de 20 milhões de visitantes, apenas contabilizando as entradas em cerca de 200 bens e equipamentos que dispõem efectivamente de entrada controlada. O país registou, nesse ano, um total de 21 milhões de hóspedes e cerca de 10 milhões de excursionistas. Cerca de 2/3 destes visitantes são de origem estrangeira.
Ora, somente o universo de monumentos existente em Portugal supera os 30 000 (excluindo museus em edifícios novos, portanto), cerca de 4 500 sendo detentores de um dos três graus de classificação existentes no nosso país. O número de cidadãos nacionais é conhecido de todos. E o número esperado para hóspedes e excursionistas em Portugal até 2027 é um pouco superior a 40 milhões.
Parece, pois, evidente que Portugal dispõe não somente de um atractivo incontornável e inimitável no quadro global que, mesmo no modo incipiente do ponto de vista de escala e complementaridade com que funciona no presente, já garante consumidores e receitas consideráveis; mas também que esse mesmo atractivo opera num mercado com números francamente relevantes e aos quais devemos adicionar a “activação” efectiva do ainda adormecido mercado nacional.
Foto: Aldeias do Xisto
Tradicionalmente agarrado ao edificado, ao material e àquilo que o Estado está interessado em preservar e transmitir, a área do património resiste a muitas das mudanças que se evidenciam na nossa sociedade e no sector cultural em concreto. O diálogo com o mercado e com o mundano, a acessibilidade a novos públicos e a capacidade de reflectir as interrogações rítmicas do político são hoje fundamentais para uma nova valorização do património. Uma abordagem que promova a transacção e a festa, a par com a preservação.
Trabalhar assim na área do património cultural nunca foi tão interessante ou relevante: este conjunto de oportunidades mas, também, de diversas ameaças geraram um mercado sedento de gestores especializados no património cultural. Precisamos de uma nova geração de profissionais treinados e especializados na gestão do património cultural que enfrentem os desafios que se avizinham e tirem partido das oportunidades eminentes, enquanto protegem, preservam e interpretam a história da Humanidade.
Foto: alunos da 1ª edição do curso, na Viagem de Estudo ao Norte do país
É justamente para dar resposta a esta evidente necessidade que a Nova SBE e a Spira voltaram a unir esforços na formação para executivos em Gestão do Património Cultural. Depois de uma primeira edição de sucesso, a pioneira formação volta a reunir especialistas nacionais e estrangeiros, representativos das várias dimensões do Património Cultural (museus, monumentos, projetos de território, entre outros), associando-os a uma reforçada dimensão de economia e gestão, bem como de comunicação e marketing. O curso procura, assim, dotar os profissionais já no activo ou a entrar no mercado de trabalho, de conhecimentos e perspetivas inovadoras e especializadas aplicáveis a este recurso cultural. O programa contempla ainda uma Viagem de Estudo exclusiva a vários equipamentos e projectos do Norte e Centro do país, com aulas a serem ministradas pelos responsáveis dos mesmos.
Foto: Campus de Carcavelos (créditos: Miguel Baltazar)
Quando: Março a Julho de 2019
Onde: Nova SBE, Campus de Carcavelos
Com quem: Docentes especialistas nacionais e estrangeiros e Steering Committee do National Trust (GB) e do IULM Milão (IT)
Mais informações em: https://bit.ly/2UGIOQT