O Museu de Lisboa - Teatro Romano recebe a exposição "Como Medimos o Território: Engenharia e Topografia Antigas", inaugurada ontem, dia 13 de Março e patente até dia 6 de Maio deste ano.
Nesta exposição expõe-se uma colecção de instrumentos de medição terrestre como estadias, lunetas, teodolitos, miras, tarqueómetros, níveis e um sextante. São peças de precisão, que se enquadram, cronologicamente, entre os inícios do séc. XIX e meados do séc. XX.
Medir o território, ordenar, dividir e organizar são acções que o homem sempre realizou sobre o espaço que habita. Mas foi na época romana que esta planificação foi realizada pela primeira vez de forma intensiva e com objectivos muitos pragmáticos. A centuriação romana, bem conhecida, foi um parcelamento cadastral que dividia o território numa quadrícula ortogonal e cujas parcelas, rectangulares eram designadas por “centúrias”. Este parcelamento do terreno constituiu a primeira “reforma agrária” realizada pelo homem. A implementação de uma malha ortogonal sobre o território obrigou a um conhecimento profundo do mesmo e a criação de métodos e técnicas que possibilitassem a sua materialização no terreno. Para esse efeito, foram inventados vários instrumentos. Um dos mais importantes foi a “groma” que, pode afirmar-se, constitui o antecessor de grande parte dos instrumentos expostos.