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Museu Nacional de Arte Antiga e António Filipe Pimentel ou a Arte das Possibilidades


Próximo de completar os três primeiros anos à frente dos destinos do que podemos apontar como o mais importante Museu de tutela estatal, António Filipe Pimentel, Director do Museu Nacional de Arte Antiga, acedeu ao convite da patrimonio.pt para uma entrevista de fundo sobre a dinâmica da instituição e do sector.

Em cerca de hora e meia de conversa aqui resumidas em 20 minutos, aponta o factor humano como a chave de todos os caminhos, as suas primeiras palavras incluindo a equipa e as últimas também. Denotando um grande orgulho por estar do lado do sector público, fala num sistema de gestão museológica obsoleto, advoga a criação de um novo no qual a contemporaneidade, o know-how e a preocupção de gestão, as relações entre o sector do Turismo e da Educação e a autonomia financeira sejam evidências. Ainda assim, António Filipe Pimentel mostrou-se confiante com o novo quadro de organização do sector do património e dos museus em Portugal, agora reunidos na DGPC.

Acredita que com "equilíbrio e bom senso" todos têm lugar no Museu, sendo certo que é impossível contentar todos os visitantes e segmentos de mercado. Com menos dinheiro disponível, com uma quebra da disponibilidade de consumo dos visitantes nacionais e com os mesmos recursos internos (a nível de conteúdos e de equipa), António Filipe Pimentel aumentou em 10% o número de visitantes, assentando a sua estratégia numa programação cuidadosa, diversificada e com grande sistematicidade temporal.

Foi a pretexto da inauguração da exposição A Arquitectura Imaginária - Pintura, Escultura, Artes Decorativas, "pronta na véspera", que nos falou de como se consegue fazer muito com pouco, potenciando os recursos endógenos.

Parte I

Parte II

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