As problemáticas relacionadas com as Ciências do Património e Mercados de Arte têm sido amplamente privilegiadas no âmbito das atividades desenvolvidas pelo grupo de investigação Patrimonium do ARTIS - Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 2018, ano em que se comemora o "Ano Europeu do Património Cultural", o Congresso «Dinâmicas do Património Artístico: Circulação, Transformações e Diálogos» pretende ser uma plataforma de reflexão e discussão acerca de temáticas de grande atualidade e pertinência. Neste contexto de apreciação e comemoração do património cultural, da sua eloquência e capacidade de convocar memórias e instigar relações, pretendemos colocar a tónica em três aspetos indissociáveis do potencial e fragilidades dos bens artísticos: a sua circulação, transformações e diálogos, desde os tempos mais recuados até à atualidade. As dinâmicas de circulação de obras de arte nos mercados nacionais e internacionais constituem presentemente um tema de investigação de crescente vitalidade, entendendo-se a identificação de proveniências, fruições e protagonistas envolvidos nestes percursos, como elementos fundamentais para a valorização ou salvaguarda do património artístico. Os catálogos de exposições ou leilões, fotografias e periódicos, entre outras fontes documentais, a par dos recursos potenciados pelas novas tecnologias de informação e comunicação, assomam-se neste contexto como instrumentos de manifesto interesse para a reconstituição e revisitação de uma obra de arte, de coleções ou espaços esquecidos / perdidos / transformados, contribuindo deste modo para a recuperação ou estabelecimento de novos diálogos. Por outro lado, o caráter de mobilidade temporal e/ou espacial do património artístico surge frequentemente associado a transformações material ou imaterialmente impactantes, caso de intervenções de conservação ou restauro mas, também, de atos de destruição ou descontextualização suscitados por motivações ou acontecimentos políticos, religiosos, económicos e culturais. Em alguns casos, estas transformações constituíram ou constituem verdadeiros crimes de lesa património, uma categoria na qual se enquadra uma problemática distinta mas igualmente pertinente no contexto dos mercados de arte, a questão das falsificações de obras de arte. Organização ARTIS - Instituto de História da Arte, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
01 a 03 de outubro de 2018 | FLUL, Anfiteatro III
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