O Museu Monográfico de Conimbriga - Museu Nacional celebra, no próximo dia 10 de Junho, o 56º da sua fundação e como programação cultural irá apresentar a exposição temporária de pintura "Depois de Conimbriga" de Belmiro Pita, inaugurada às 18h00, seguindo-se, pelas 19h00, o espectáculo de ópera “Bastien e Bastienne”, de Mozart.
A arte de Belmiro Pita distingue-se pelo traço singular, uma arte adensada por múltiplas formas de expressão e manifestada num talento que descobriu diferentes fronteiras. Prática que lhe acresceu pelos andamentos que seguiu, pelos mestres que visitou e pelas exposições que apresentou.
O autor possui uma forte união com o quotidiano que o viu nascer, Condeixa-a-Velha. Ou com Conimbriga, como faz questão de referir. Ligação que espelha nas suas criações.
A exposição que agora se apresenta, “Depois de Conimbriga”, reflecte parte do trajecto artístico do autor após a sua passagem pela entidade fabril homónima da antiga cidade romana.
"Bastien und Bastienne" é uma ópera cómica escrita em 1768, quando Mozart tinha apenas doze anos de idade, e uma das primeiras óperas do compositor. Uma sátira ao género “pastoral” então prevalecente, é também especificamente uma paródia da ópera "Le devin du village" de Jean-Jacques Rousseau. É, como as óperas frequentemente são, sobre amor, traição, um pouco de intriga e um final feliz.
Bastienne suspira pelo seu amado Bastien que partiu para a cidade. Enquanto Bastienne pasta o seu gado, Bastien é seduzido pelo brilho e glamour da cidade e, também, de uma donzela abastada. Por recomendação de Colas, o charlatão e mágico da aldeia, quando Bastien regressa, Bastienne faz-se difícil de forma tão cruel que o perturbado e desamado Bastien fica à beira do suicídio. Apercebendo-se finalmente do seu amor transcendente, os dois pastores põem de parte a simulação e reafirmam o seu amor mútuo. Resta apenas ao “mágico” entoar o terzettofinal com o casal feliz, cantando a magia do amor. Um Mozart jovem mostra um naive mas precoce talento nesta ópera que tem encantado gerações repetidamente desde a sua descoberta.