Irá ter lugar amanhã, dia 7 de Fevereiro, pelas 15h, na Ameira, Alcácer do Sal, a assinatura do contracto de comodato pelo Presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Vítor Proença e pelo director da FCSH/NOVA, Francisco Caramelo, com o intuito da instalação do Centro de Arqueologia Náutica do Alentejo Litoral em Alcácer do Sal.
Deste modo, a Câmara Municipal, o Instituto de Arqueologia e Paleociências (IAP) e o Instituto de História Contemporânea (IHC) da FCSH/UNL, criam uma unidade de investigação local – o Centro de Arqueologia Náutica do Alentejo Litoral (CANAL) -, com o intuito de promover a descentralização da investigação científica e académica em arqueologia subaquática e que permitirá a criação de uma base de dados dos achados arqueológicos ao longo do rio (Carta Arqueológica Subaquática do Sado).
Em Setembro de 2015, ambas as entidades firmaram um protocolo de cooperação que aposta na arqueologia subaquática e visa investigar "todo o património cultural subaquático jazente nas águas do rio Sado, entre a cidade de Alcácer e a feitoria fenícia do Abul, património esse que se suspeita ser abundante e de enorme valor científico".
Na altura, o presidente da Câmara Municipal, Vítor Proença, disse tratar-se de uma aposta que vai trazer a Alcácer "especialistas que trabalham em várias partes do mundo" e que vai corresponder a mais um contributo desta região (conhecida pela sua riqueza arqueológica) para a arqueologia nacional.
O rio Sado assumiu, desde o séc. VII/VI a.C., um importante papel na redistribuição das rotas comerciais, actuando como agente determinante na comunicação e articulação política e territorial desta zona litoral. Embora exista uma Carta arqueológica terrestre do concelho, nunca foram documentados relatórios ou trabalhos monográficos capazes de elucidar a importância do rio na sua história.
O projecto de Arqueologia Subaquática e Fluvial do Sado e Alentejo Litoral surge do forte interesse do Município de Alcácer em promover o estudo e salvaguarda do património cultural submerso do concelho.