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O Centro de Arte Moderna Gulbenkian (CAM) foi FINALISTA nos Prémios Património Ibérico!



O serviço educativo do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian assenta a sua ação na convicção de que a educação artística é promotora do pensamento criativo e da transformação das mentalidades e atitudes, sendo fundamental no desenvolvimento de projetos de responsabilidade social, cidadania ativa, participativa, criativa e crítica.


Esta forma de abordagem vai ao encontro das considerações para uma educação inclusiva do relatório OECD, contribuindo para uma aprendizagem que valoriza a identidade de cada um, respeita a diversidade, reconhece e atende às diferentes necessidades e características dos(as) alunos(as) com o objetivo de eliminar a discriminação e promover a sua participação ativa na vida da escola e na sociedade em geral tendo como referência os direitos humanos, nomeadamente os valores da igualdade, da democracia e da justiça social.


Assente nesta visão está a Fábrica de Projetos, área do serviço educativo do CAM, iniciada em 2017 e já com cerca de 34 projetos, que desenvolve propostas de educação e mediação artística de forma inclusiva, colaborativa e participativa com professores e escolas, dá resposta às necessidades das escolas fomentando cruzamentos interdisciplinares a partir do universo da educação artística e aprofunda a relação destas com o património artístico da coleção. Procura assim promover a arte e os processos artísticos no quotidiano escolar e dos processos de aprendizagem dentro e fora da sala de aula, promovendo o papel cívico do museu enquanto espaço aberto às comunidades envolventes e promotor de cruzamentos, encontros e múltiplas perspetivas a partir das obras, artistas e outros profissionais que enformam os seus patrimónios.


É neste contexto que nasce o projeto de continuidade CAM(inhos) para uma educação antirracista, desenvolvido ao longo do ano letivo de 2021/22, com uma turma 3 ano do 1º ciclo (8 e 9 anos) da EB1 do Castelo, Lisboa, numa prototipagem piloto (tendo continuação no projeto LUGAR em 2022/23) de abordagens e metodologias, articulando idas da equipa de mediação à escola, vindas da turma à Gulbenkian, conversas com uma curadora e um artista e aulas semanais no espaço expositivo da exposição Europa Oxalá, com a professora e as mediadoras – março a junho.


Trabalhou-se a empatia e o imaginar-nos noutros lugares que não o nosso, a tolerância, a multiplicidade de respostas e perspetivas, o pensamento amplo e divergente, a promoção do desenvolvimento de valores, comportamento e atitudes relacionadas com a inclusão, a equidade, o respeito pela pluralidade cultural, igualdade de género, coesão social e da cidadania ativa, refletindo sobre o racismo, a descolonização das artes, o poder da arte e o potencial das histórias múltiplas contribuindo para a desconstrução do pensamento colonial e promovendo a possibilidade da “construção de novos e melhores futuros”. (Modest, 2019)


Procurámos que os alunos fossem participantes ativos e interventivos promovendo que fossem também eles produtores de leituras. Como resultado deste projeto, das suas interpretações das obras e pensamentos sobre esta Europa Oxalá, nasceram outras visitas - visitas orientadas por eles próprios, na exposição, para as suas famílias e outros convidados onde as suas vozes e leituras se tornaram num novo espaço de partilha e questionamento e produção de conhecimento.


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Conceito e orientação: Andreia Dias e Joana Simões Piedade 

Eb1 do Castelo

professora Ariana Furtado


Alunos(as)

Afonso Liu, Alina Otilia Otvos, Diego Leandro G.S. Ferreira, Fernando Miguel N.Borges, Gonçalo Filipa M.Grilo, Guilherme Vasco G.Santos, Gustavo Santos Carvalho, Gustavo Santos Spencer, Hugo Júnior X. Santos, Iris Mousinho Lopes, Joana Francesca P.Krich, João Nicolau R.Jorge, Madalena Correia M.S. Izata, Margarida Gonçalves Calvário, Mariana Filipa T.Martins, Pilar Brazzabeni Raposo, Rui Filipe O. Mendes, Sandro Rafael S.Maciel, Shrijita Adhikari, Simão Yaco A.Fernández, Valdimira Valdo Nhaga, Viollete Elikya G.Afonso, Zefiro Claro Fonte, Zoe Virtuoso G.Vidal.


Autoria do texto: Andreia Dias, Centro de Arte Moderna (CAM). A autora utiliza o novo acordo ortográfico.


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