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Veja as três exposições que sugerimos para os próximos dias


As nossas sugestões de hoje incluem três exposições diferentes que permitem numa verdadeira viagem por momentos chave da História da Arte: a Presidência do Conselho de Ministros recebe a mostra "Vale do Côa: singularidades de um território"; "No Rasto da Devoção - Escultura de pedra no Convento de Cristo, entre os séculos XIV e XVI" encontra-se já patente no Convento de Cristo em Tomar; últimos dias para visitar em Oliveira de Azeméis “As Caixas Mönchengladbach”.

"No Rasto da Devoção - Escultura de pedra no Convento de Cristo, entre os séculos XIV e XVI"

Inaugurou no passado dia 31 de Janeiro, no Convento de Cristo, em Tomar, a exposição "No Rasto da Devoção - Escultura de pedra no Convento de Cristo, entre os séculos XIV e XVI", resultado da parceria estabelecida entre o Convento de Cristo da Direcção-Geral do Património Cultural (CC-DGPC) e o Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património da Universidade de Coimbra (CEAACP-UC).

A exposição baseia-se em seis figuras do Cristianismo: o anjo Ceroferário (que "transporta um candelabro e distribui luz"), o arcanjo São Miguel, a Virgem do Leite, o Calvário, a Santíssima Trindade e o São Brás. As peças pertencem ao acervo museológico da União dos Amigos dos Monumentos da Ordem de Cristo (UAMOC), incorporado no Convento de Cristo, para as quais foi iniciado em 2015, um plano de investigação, reunindo várias parcerias pedagógicas e científicas, compreendendo o seu estudo pluridisciplinar e laboratorial. Além das imagens em pedra do Convento de Cristo, serão dadas a conhecer esculturas em pedra provenientes do acervo de diversas instituições, entre as quais Museus Nacionais, Municipais, Diocesano de Santarém e de Igrejas Paroquiais de Tomar, num total de 37 esculturas em exposição.

A mostra estará patente nas Salas do Noviciado, situadas no primeiro piso da fachada oeste do claustro da Micha, destinadas originalmente, duas delas, a dormitório dos noviços e, a terceira, a capela - a capela do Noviciado ou dos Reis Magos, e terminará a 27 de Julho do corrente ano.

A coordenação científica da mostra é partilhada pelas professoras universitárias Maria de Lurdes Craveiro, Carla Alexandra Gonçalves e Joana Antunes, membros do CEAACP.

“As Caixas Mönchengladbach” na Biblioteca Municipal de Oliveira de Azeméis

Termina no próximo dia 10 de Fevereiro a exposição “As Caixas Mönchengladbach - Livros e Edições de Artistas da Colecção de Serralves" na Biblioteca Municipal Ferreira de Castro de Oliveira de Azeméis, uma exposição da Fundação de Serralves – Museu de Arte Contemporânea.

Consequência de concepções renovadas da arte, as décadas de 1960 e 1970 assistiram a uma radical transformação do papel do museu, nomeadamente através de formas inéditas de conceber e apresentar exposições e de pensar as publicações que as acompanhavam: o catálogo de exposição transformou-se frequentemente num veículo para a produção de múltiplos artísticos originais — obras de arte por direito próprio —, deixando de cumprir o papel de mera documentação para passar a ser uma extensão das exposições, ou um seu suplemento (quando a publicação não é sobre o trabalho, é o trabalho). A edição de múltiplos e de livros de artista revelou-se por isso uma ferramenta fundamental para a então muito desejada democratização da obra de arte, permitindo a qualquer pessoa ter acesso a uma obra sem ter de investir quantias significativas.

Esta exposição apresenta um precursor, ambicioso e bem-sucedido exemplo deste fenómeno: as Caixas Mönchengladbach.

Nas décadas de sessenta e setenta, o Städtisches Museum de Mönchengladbach (Alemanha) foi um museu de vanguarda, precursor tanto no que se refere ao programa de exposições apresentadas como na política editorial levada a cabo.

O constrangimento financeiro da própria instituição viria a revelar-se decisivo para o desenvolvimento do projeto das “Kassettenkatalog”. Foi durante este período e através da acção do então director Johannes Cladders que surgiram as “caixas”. Um dos objectivos inerentes a este projecto era o de publicar algo singular, diferente das habituais brochuras ou catálogos de exposições. As “caixas” realizadas entre 1967-78, de edição limitada e numerada, são ímpares na sua concepção. O design era da inteira responsabilidade de cada um dos artistas convidados. Todas apresentam a mesma medida (c. 21 x 17 x 3 cm) mas conteúdos totalmente diversos: brochuras, convites, folhas soltas, objectos, etc. A primeira destas “caixas” foi criada por Joseph Beuys. Seguiram-se nomes como Carl Andre, Robert Filliou, Panamarenko, Piero Manzoni, Jasper Johns, Marcel Broodthaers, Blinky Palermo, Gerhard Richter, James Lee Byars. Actualmente, todas as caixas são consideradas “raridades” ocupando um lugar de destaque nas colecções de obras de arte de museus internacionais.

Arte do Côa em exposição na Presidência do Conselho de Ministros

Os 25 mil anos da Arte do Côa estão expostos na Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, numa exposição até meados de Março, sob o tema "Vale do Côa: singularidades de um território". Além da exposição, há ainda um conjunto de visitas guiadas, às segundas-feiras, dirigidas ao grande público.

Em simultâneo, está a ser feito um trabalho junto das escolas de Lisboa (5.º,7.º e 10.º anos), onde se mostra a arte rupestre pré-histórica, fora dos manuais escolares. Esta iniciativa é da responsabilidade da Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros e da FCP, estando inserida nas comemorações no 19.º aniversário da classificação do Vale do Côa, como Património Mundial da Humanidade, pela Unesco.

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